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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Revolução Russa


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Anarquistas participaram junto aos bolcheviques tanto na Revolução de Fevereiro quanto na Revolução de Outubro, e estavam inicialmente entusiasmados com a revolução bolchevique.[46] Entretanto, os bolcheviques tornaram-se contrários a anarquistas e outros opositores de esquerda em pouco tempo, um conflito que culminou na Revolta de Kronstadt, reprimida pelo novo governo. Os anarquistas na Rússia central foram aprisionados ou juntaram-se aos bolcheviques vitoriosos; os anarquistas de Petrogrado e Moscou fugiram para a Ucrânia.[47] Lá, no Território Livre, eles lutaram na guerra civil contra o Exército Branco (um grupo apoiado pelos países do oeste e por monarquistas e outros opositores da Revolução de Outubro) e então contra os bolcheviques como parte do Exército Insurgente Makhnovista liderado porNestor Makhno, o qual estabeleceu uma sociedade anarquista na região por alguns meses.
Os anarquistas expulsos dos Estados Unidos Emma Goldman e Alexander Berkman estavam entre os que faziam agitações em resposta à política bolchevique e à repressão da Revolta de Kronstadt, antes de deixarem a Rússia. Ambos escreveram diários das suas experiências na Rússia, criticando o grande controle que os bolcheviques exerciam. Para eles, as previsões de Bakunin sobre as consequências do domínio marxista de que os dirigentes do novo estado "socialista" marxista se tornariam uma nova elite tinham se provado todas muito verdadeiras.[27][48]
A vitória dos bolcheviques na Revolução de Outubro e o resultado da Guerra Civil Russa provocaram sérios prejuízos para movimentos anarquistas internacionalmente. Muitos trabalhadores e ativistas viam o sucesso bolchevique como um exemplo; partidos comunistas cresceram às custas do anarquismo e de outros movimentos socialistas. Na França e nos Estados Unidos, por exemplo, membros dos maiores movimentos sindicais da CGT e do IWW deixaram as organizações e se juntaram à Internacional Comunista.[49]
Em Paris, o grupo de Dielo Truda, formado por anarquistas russos exilados, que incluía Nestor Makhno, concluiu que os anarquistas precisavam desenvolveu novas formas de mobilização em resposta às estruturas do bolchevismo. O seu manifesto de 1926, chamado Plataforma Organizacional da União Geral dos Anarquistas (Projeto),[50] foi apoiado. Grupos plataformistas ativos hoje em dia incluem o Workers Solidarity Movement (Movimento Solidário dos Trabalhadores) na Irlanda e a Federação do Nordeste de Anarquistas Comunistas da América do Norte. O sintetismo emergiu como uma alternativa organizacional ao plataformismo e tentava juntar anarquistas de diferentes tendências sob os princípios do anarquismo sem adjetivos.[51] Nos anos 1980, essa forma encontrou os seus principais proponentes em Voline e Sebastien Faure.[51] É o princípio essencial atrás das federações anarquistas agrupadas em torno da Internacional de Federações Anarquistas global contemporânea.[51]

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Luta contra o fascismo

Nos anos 1920 e 1930, a ascensão do fascismo na Europa transformou o conflito do anarquismo com o estado. A Itália viu as primeiras lutas entre anarquistas e fascistas. Anarquistas italianos tiveram um papel chave na mobilização antifascista Arditi del Popolo, que era mais forte em áreas com tradições anarquistas, e alcançou algum sucesso em seu ativismo em repelir os camisas negras do bastião anarquista de Parma em agosto de 1922.[52] Na França, onde as ligas de extrema direita aproximaram-se da insurreição nos conflitos de fevereiro de 1934, os anarquistas dividiram-se por uma política defrente unida.
Na Espanha, a CNT inicialmente recusou-se a juntar-se a uma aliança popular de frente eleitoral, e a abstenção dos apoiadores da CNT levou a direita à vitória nas eleições. Em 1936, porém, a CNT mudou a sua política e os votos dos anarquistas ajudaram a trazer a frente popular novamente ao poder. Meses depois, a antiga classe dominante respondeu com uma tentativa de golpe, causando a Guerra Civil Espanhola (1936–1939).[54] Em resposta à rebelião do exército, um movimento de inspirações anarquista de camponeses e trabalhadores, apoiado por milícias armadas, tomou o controle de Barcelona e grande áreas da zona rural espanhola, onde coletivizaram a terra.[55] Mas mesmo antes da vitória fascista em 1939, os anarquistas foram perdendo campo em uma dura luta com os stalinistas, que controlavam a distribuição de ajuda militar para a causa republicana da União Soviética. Tropas lideradas por stalinistas suprimiram as áreas coletivizadas e perseguiram tanto marxistas dissidentes quanto anarquistas.

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