Em
fins do século passado na Europa o movimento anarquista começou a criar as
condições para a aplicação das idéias anarquistas na vida diária. Isto ocorreu
como resposta ao desastroso período da "propaganda pela ação" em que
os anarquistas individualmente assassinavam líderes governamentais na tentativa
de provocar um levante popular e em vingança pelo assassinato dos comuneiros.
Reagindo a esta fracassada e contraproducente campanha, os anarquistas voltaram
às suas raízes e às idéias de Bakunin, começando assim a formar sindicatos
revolucionários de massas
(sindicalismo e anarco-sindicalismo).
(sindicalismo e anarco-sindicalismo).
Entre
1890 e o início da primeira guerra mundial, os anarquistas estabeleceram
sindicatos revolucionários na maioria dos países europeus, especialmente na
Itália e França. Enquanto que os anarquistas norte e sul americanos também
organizaram seus sindicatos com êxito. Quase todos os países industrializados
tiveram seu movimento sindical, se bem que foram mais fortes na Europa e na
América do Sul. Estes sindicatos se organizavam de maneira confederativa, de
baixo para cima,
segundo as idéias anarquistas. Combatiam o capitalismo diariamente envolvendo-se em assuntos como aumentos salariais e melhores condições de trabalho, mas também lutavam pela abolição do capitalismo através da greve geral revolucionaria.
segundo as idéias anarquistas. Combatiam o capitalismo diariamente envolvendo-se em assuntos como aumentos salariais e melhores condições de trabalho, mas também lutavam pela abolição do capitalismo através da greve geral revolucionaria.
A
técnica organizativa anarquista alentava a participação, a militancia e o
fortalecimento de seus membros proporcionando o crescimento dos sindicatos
anarco-sindicalistas e seu impacto no movimento operário, alem disso também
obtiveram conquistas na melhoria das condições de trabalho e no cultivo da
consciência de classe. A poderosa COB (Confederação Operária Brasileira) no
Brasil e a IWW (Industrial Workers Word), por exemplo, ainda inspiram ativistas
sindicais e através de sua grande historia legaram muitos cânticos e slogans
sindicalistas.
A
maioria das associações de sindicatos foram reprimidas durante a primeira
guerra mundial, mas nos anos seguintes de pós-guerra alcançaram grande
crescimento. Esta onda de militancia foi conhecida na Itália como "os anos
vermelhos", onde alcançou sua máxima expressão com as ocupações de
fábricas (ver A.5.5 -
Os Anarquistas nas Ocupações de Fábricas na Itália). Mas também durante estes
anos, em alguns países ocorreu a destruição destes sindicatos por causa da
amplitude de sua influencia. Por outro lado, o triunfo da Revolução Russa
conduziu muitos ativistas para o campo da política autoritária. Os partidos
comunistas deliberadamente minaram os sindicatos
libertários, incitando lutas intestinais e divisões. Mais importante ainda, durante estes anos o capitalismo tomou a ofensiva com uma nova arma - o fascismo. O fascismo nasceu na Itália e Alemanha em uma tentativa dos capitalistas para esmagar fisicamente as amplas organizações que a classe trabalhadora havia construído. Nestes países os anarquistas se viram forçados a fugir para o exílio, sumir de vista, ou se converterem em vítimas de assassinatos em campos de concentração. Nos EEUU, a IWW foi esmagada por uma onda de repressão apoiada com toda força pelos meios de informação, o estado e a classe capitalista.
libertários, incitando lutas intestinais e divisões. Mais importante ainda, durante estes anos o capitalismo tomou a ofensiva com uma nova arma - o fascismo. O fascismo nasceu na Itália e Alemanha em uma tentativa dos capitalistas para esmagar fisicamente as amplas organizações que a classe trabalhadora havia construído. Nestes países os anarquistas se viram forçados a fugir para o exílio, sumir de vista, ou se converterem em vítimas de assassinatos em campos de concentração. Nos EEUU, a IWW foi esmagada por uma onda de repressão apoiada com toda força pelos meios de informação, o estado e a classe capitalista.
Na
Espanha, contudo, a CNT, união anarco-sindicalista, prosseguiu crescendo,
chegando a um milhão e meio de membros em 1936. A classe capitalista abraçou o
fascismo para salvar seu poderio das mãos dos trabalhadores, que estavam cada
vez mais confiantes em seu poder e em seus direitos de auto-gerir suas próprias
vidas (ver A.5.6 -
Anarquismo e a revolução espanhola). Em outros locais, os capitalistas apoiaram
estados autoritários para esmagar o movimento operário e pôr o capitalismo a
salvo nestes países. Somente a Suécia escapou ilesa, alí a organização
sindicalista SAC até hoje permanece organizando trabalhadores (e o faz de fato,
como muitos
outros sindicatos, crescendo à medida que os trabalhadores rechaçam os sindicatos burocráticos cujos líderes estão mais interessados em proteger seus privilegios e negociar com a direção das empresas e o governo do que defender seus membros).
outros sindicatos, crescendo à medida que os trabalhadores rechaçam os sindicatos burocráticos cujos líderes estão mais interessados em proteger seus privilegios e negociar com a direção das empresas e o governo do que defender seus membros).
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